Expedição Galo Pedal III - Curitiba-Floripa - Fevereiro de 2014

Após uma temporada, outra Expedição Galo Pedal vai sair!!! Após percorrer o Nordeste e Centro-Oeste, desbravaremos os meandros das praias e paisagens Sulinas entre Curitiba e Floripa. Tentaremos manter o máximo de atualização no blog, na medida que as localidades e o nosso espírito de isolamento permitir!!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Diário de Bordo (9º dia): Bodoquena-Chácara Taruma

A rede deixou eu dormir, mas as 5 horas fui dar a última esticada na barraca. Deu tempo de mais um cochilo até que o dia raiou. Levantamos e agilizamos pra sair, tomar café na cidade. As coisas arrumadas, despedimos do pessoal (Acelino, Eulinda, João e gabriel) e seguimos pra cidade.
  
Procuramos uma padaria e achamos uma lanchonete. Vendo o pão-de-queijo e a linguiça, Eu perguntei "e esse pão-de-queijo, tem recheado?", a moça respondeu "não, só normal". Aí entra o bernardo e pergunta a mesma coisa, ela diz "como assim pão-de-queijo recheado???". Resumindo, compramos o pão de queijo e a linguiça separado e recheamos nós mesmos. Depois de alimentados iniciamos o tão temido dia de subida até Morraria do Sul. Mas logo na saída, uma bela de uma descida de 1,5 km no asfalto que rendeu a velocidade máxima da viagem (57.9km/h). Mas foi só o início. Depois foi um sobe e desce danado, e depois só sobe.

A última subida antes de morraria eh muito longa. Deu pra botar os bof pra fora. Apesar de td, chegamos em morraria entre 12 e 13 horas. Estacionamos no bar do Valto, tomamos um "sorvete" pra refrescar (lá vendia cachaça jamel, cerveja glacial e sorvete), conversamos com ele e dois matutos que estavam apreciando uma glacial. Apesar das ofertas de lugares pra acampar, decidimos almoçar e tentar andar mais um pouco pra aliviar o dia seguinte. Fizemos um arrozão bruto com salcicha e legumes, demos uma paia rápida pro rango descer e aceleramos. Mas não antes de subir no mirante de Morraria do Sul, um alto de morro no meio do pasto e das vacas!



Mais um pouco de sobe e desce e chegamos à Chácara Tarumã, um conjunto de pequenas propriedades com casinhas na beira da estrada. Perguntamos ao primeiro cavaleiro por um pouso. O paraguaio José disse estar sem água em casa, e indicou procuramos o seu Armindo, um senhor que vivia sozinho logo a frente e que tem poço.


Chegamos e o figura nos atendeu e foi logo buscar a chave pra abrir o portão. Um senhor de 58 anos, nascido e crescido na zona rural de Bonito, sem mulher e sem filhos, vive na região a vinte anos e cuida da propriedade de um outro sujeito que está na cidade.

A casa era grande, mas sem luz nem móveis, e sem limpeza a um bom tempo. Arreios e ferramentas se amontoavam na sala, os cachorros dormiam sobre dois sacos de milho furados, também na sala. Em um quarto tinha a sua cama, não muito organizada. Anexa a casa, uma área e a cozinha, únicos lugares onde tinha energia. Ele ofereceu pra fazer um carreteiro pra gente, oferecemos a nossa carne seca e ele logo delegou pra gente a função de fazer o carreteiro. Eu e Douglas pilotamos o fogão à lenha e, entre um chimarrão e uma prosa, o carreteiro saiu ótimo. Foi acompanhado de mandioca cozida e farofa pronta. Belo rango. Rolou um banho frio no escuro banheiro não muito limpo, mais algum bom papo e cama, quer dizer, barraca. Seu armindo nos perguntou se a gente tirava foto, que ele queria uma foto dele com a sua égua. Para o próximo dia, ficamos combinados de tirar uma foto dele, e dar um jeito de enviá-la pra morraria do sul.

  

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