Expedição Galo Pedal III - Curitiba-Floripa - Fevereiro de 2014

Após uma temporada, outra Expedição Galo Pedal vai sair!!! Após percorrer o Nordeste e Centro-Oeste, desbravaremos os meandros das praias e paisagens Sulinas entre Curitiba e Floripa. Tentaremos manter o máximo de atualização no blog, na medida que as localidades e o nosso espírito de isolamento permitir!!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

6° dia: Barra Velha - Balneário Camboriú

Acordamos no horario de sempre, umas 7h e tomamos um café bruto no hotel!
Depois fomos procurar um lugar para jogar uma água nas bikes, pois elas estavam bem areientas de praia! Fomos até um lava-jato que funcionava numa casa ali perto e o dono e seus filhos deram uma boa ducha de pressão nas bikes Mandamos um WD40 pra dar aquela limpada na relaçao e impedir que os componentes metálicos das bikes enferrujassem. Depois, um óleo Singer tradicional e um composto tecnologico que o Ironman tinha para lubrificar as correntes e...bikes novas e felizes com seus respectivos donos! Voltamos para o hotel, arrumamos as coisas e partimos!
Na porta do Vila Alaíde Hotel e Bistrô, com o gentil e grande cozinheiro Clóvis!



Paramos para tirar umas fotos da praia e seguimos novamente pela rua da beira da praia, passando pela Praia Costão dos Náufragos que, mais a frente, vira Praia do Tabuleiro.


Ao fundo, a praia Central de Barra Velha.

 

Praia do Costão dos Náufragos (Barra Velha, SC)




Quando não foi mais possível seguir pela orla, tivemos que pegar um pequeno trecho da marginal da BR-101, mas foi tranquilo. Logo depois adentramos o município de Piçarras por uma avenida bem longa!




Assim que possível, caímos para a praia para tomar a nossa tradicional e diária água de côco. O tiozim da barraca foi muito gente boa e até não nos cobrou uma das águas! Lá também encontramos um senhor mineiro, do vale do jequitinhonha e, claro...Atleticano!

 Água de côco na praia de Piçarras

Pedalamos ao longo da praia, retornamos à rua principal para cruzar o rio e adentramos o município de Penha.



Pedalamos mais um pouco à beira mar, na Praia Alegre e, mais adiante, pela Praia do Quilombo. Como já era hora e tava bem quente, resolvemos parar para almoçar ali perto! Depois do almoço, arrumamos uma sombra na praia e ficamos por lá fazendo o quilo e atualizando o blog!

Praia Alegre (Penha, SC)


Praia do Quilombo (Penha, SC)

Deu até preguiça, mas tínhamos que seguir em frente! Seguimos sempre o mais perto possível da praia e fomos até o fim dela, onde entramos em uma estrada de terra nível hard que margeava toda a costa. No caminho, apesar dos morros sinistros, fomos presenteados com vários mirantes, trechos de estrada margeados com uma vistosa Mata Atlântica, água de riacho e, é claro, praias!



Praia Grande (Penha, SC)

   
 
Mirante na estrada da Praia Vermelha

Morro logo após o mirante...Até o IronMan cansou!



 
Mirante e Pista de Salto de Paraglider da Praia Vermelha
 

Praia Vermelha

Praia Vermelha, sensacional! Valeu a pena desceu um morro gigante para chegar até lá ( e depois ter que subir, claro!) e tomar um belo banho de mar (incluindo alguns caldos). Depois de mais alguns kms de estrada de chão voltamos para o asfalto, já no sentido de Navegantes. Uma breve parada para tomar um caldo de cana de cabine e logo já deixamos o belo trecho de Penha para trás.


Pedalamos uns bons Kms pela orla da praia de navegantes ( sem ciclovia, por sinal), numa tarde, pra variar, com muito sol!  Quebramos para dentro da cidade para pegar o Ferry Boat e cruzar para Itajaí! Loucura o tanto de gente que usa a balsa!

 
Pedalando pela orla de Navegantes e atravessando na balsa (Bike: R$1,45)

Seguimos por um trecho bem urbano, atravessando a cidade e só no final, voltamos a nos reencontrar com o mar, quando resolvemos contornar a costa pelo caminho que passa atrás do Parque Municipal do Atalaia! Passamos pelo mirande do farol da barra, pela praia do Atalaia, praia Brava, Cabeçuda e Brava do Sul!




Entardecer na Praia do Atalaia


Mais alguns morros bem altos e logos chegamos em Camboriú! Logo antes de chegar à praia, no alto de um deles, conhecemos a Aline, uma ciclista que já pedalou em boa parte do litoral alí (e  conhece 100% dos morros que teríamos pela frente). Ela nos deu umas dicas de pedal. Convidamos para seguir com a gente no dia seguinte!
Bom, descemos velozmente o morro ( mas com cuidado com os pedestres), e seguimos pela orla de Camboriú até quase o fim da praia! Ja era noite e, apesar da ciclovia ao longo de toda a orla, a quantidade de pedestres, skatistas, corredores, etc., ao londo dela, nos fez ter ainda mais cautela! Trânsito intenso!!
Finalmente, deixamos o André com seus pais ( que estavam hospedados por lá) e fomos para um hostell, descansar do longo dia cheio de morros!

 
Chegando em Balneário Camboriú


SALDO DO DIA:
67,3 km pedalados
Ganho de altitude:1.186 m (subidos)
0 avarias nas bikes
Muitas fotos e recordações
E algumas dores a mais pelo corpo!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

5º dia: São Francisco do Sul - Barra Velha

Acordamos cedo, na casa do Deivson, e fomos atualizar o blog! Deixamos as bikes preparadas e fomos curtir uma praia (ou melhor, duas): a Prainha e a praia da Enseada. Ambas estavam excelentes, principalmente porque o calor tava bravo. Depois de um banho relaxante e demorado de mar, fomos recarregar a bateria com um açaí e sanduíches, para não ficarmos muito pesados para a pedalada!

Seguimos para a casa do Deivson, finalizamos a arrumação, nos despedimos de nosso amigo e rumo ao desafio do dia!

Logo de início, demos de cara com uma bela paisagem: a Praia Grande!

A partir do visual já podíamos ter ideia do que nos aguardava pela frente: o Parque Estadual do Aracaí! Assim que deixamos para trás as últimas casas, visualizamos uma paisagem fantástica, com o mar de um lado e a restinga do outro, a qual nos acompanhou por 17 km de contemplação intensa!


Apesar de alguns trechos da estrada estarem com muitos buracos e costeletas, além do acumulo de areia em outros (o que dificultou um pouco o pedal), conseguimos atravessar todo o Parque sem maiores problemas. A não ser o calor, claro! Mas demos sorte de ter encontrado uma barraca bem no meio do caminho, onde fizemos uma breve parada para descanso e termorregulação!



Apesar da bela paisagem, foi um alívio quando chegamos ao fim do parque, na localidade de Praia do Ervino (ou "praia da Ervilha" segundo o Juninho).
Paramos numa mercearia logo no início da praia, tomamos bastante água, picolés e amendoim e, seguimos adiante! Quando achamos que os piores trechos tinham acabado, tivemos mais uma surpresa: um trecho de areião pela frente, digno daqueles que encontramos no Pantanal! Tivemos que empurrar as bikes um pouco, mas logo adiante vimos que rolava de pedalar pela praia...então, colocamo-las bem pertinho do mar, esvaziamos os pneus e fomos pedalando até a Barra do Sul!

 
Chegando lá, tivemos que esperar de um lado do canal (Canal do Linguado), para atravessarmos para o lado da cidade de Barra do Sul! Enquanto nenhum barco aparecia para nos levar, nos refrescamos por ali mesmo e até demos a sorte de ver uma tartaruga marinha bem de perto!
Um cara de caiaque veio até nós e nos ofereceu ajuda. Logo depois, ele encontrou um barqueiro que veio nos buscar, o Sr. Alvim (gente boa)! Levou as 3 bikes em seu barco com a água quase entrando nele, mas mandou bem na travessia!
 
 
 Travessia feita, fizemos um pitstop para um caldo de cana no bar do meu xará (Bernardo)! Depois seguimos em frente, pois ainda tínhamos um longo trecho até Barra Velha. Antes, porém, jogamos uma água nas bikes (para tirar o excesso de areia da praia, que pode danificar bastante as peças e reduzir o rendimento).
Pegamos mais um longo trecho de estrada de chão (para variar) e, depois de uns 15km chegamos à vila de itapucu (no município de Araquarí), a qual fica nas margens da Lagoa da Cruz. Lá paramos na casa do Beto Carreiro (aquele mesmo!), onde fomos recebidos pelo Sr. Osni, caseiro de lá, que nos ofereceu água aromatizada! Ele também nos deu a dica de tentarmos pegar um barco com o Augusto, alguns kms adiante, na frente da igreja, pra evitar de ir até a BR-101 e ter que pedalar mais de 10 km a mais!
 Conseguimos encontrar o tal Augusto. Ele tava tomando uma de quequé com vários brothers bem engraçados! Trocamos uma prosa e um deles nos levou para o outro lado da lagoa da Cruz, onde estava Barra Velha.
 
Quando chegamos ao outro lado, o sol já havia se posto e estava escurecendo rápido. Demos um gás no pedal e chegamos à ponte pênsil, a mesma que eu e André havíamos visto no Google Earth antes de viajar (e, coincidentemente, tínhamos cogitado a hipótese de passar por lá). A visão de lá de cima foi incrível: a lua, o céu, o braço do rio passando abaixo e, ao fundo, Barra Velha, que nos esperava!


Chegamos exaustos ao hotel do Clóvis, mais um amigo do André: o Vila Alaíde Hotel e Bistrô.
Jantarzão no bistro do hotel (um sensacional Robalo com arroz, feijão, farofa e batata), acompanhado de uma Hefe Weizen da Saint Bier!

Boa noite!

4° dia: Itapoá - São Francisco do Sul

Acordamos e, para variar, o Juninho foi dar umas braçadas na praia, enquanto eu e André ficamos dormindo.
Quando todos estavam de pé....surpresa...
Depois de mais uma troca de câmara na Coringrela (bike do André) juntamos todas as tralhas, demos uma geralzinha na casa e partimos!
 Casa onde ficamos em Itapoá









Passamos rapidamente na loja do amigo do André e começamos o pedal do dia!

Logo a frente, parada para o Café da manhã no Mayve, onde o André encontrou um superamigo (Beto, o portuga observador de aves e fotógrafo). Ele nos mostrou sua revista (GiroPop), trocamos uma ideia rápida, tiramos umas fotos e...pedalllllll!!!
Infelizmente, pelo tempo, decidimos não ir até a Reserva Volta Velha, famosa pelos belos trechos de Mata Atlântica preservados. Mas fica a dica!
Pedalamos pela Av. Brasil até o porto de Itapoá (mais de 10km e menos de 25 km).



 Seguimos pela "estrada da Jaca" (José Alves) (asfaltada), até o trevo da igreja (onde tem uma Jaqueira imensa) e viramos à esquerda, sentido Vila da Gloria, por uma estrada de chão! Foram uns 9 km até o trapiche (onde se pode pegar uma lancha direto para o centro de São Francisco) e mais uns 3 até a balsa, na qual fizemos a travessia para São Francisco do Sul! Com direito a uma vista privilegiada da Baía da Babitonga e botos (Sotalia fluviatilis) em pleno forrageamento! Também fomos obrigados a tirar uma foto da mina que ficou em cima do Juninho durante boa parte da travessia!






Descemos da balsa e fomos até o centro histórico de São Chico, onde tomamos um caldo de cana com pastel de berbigão, no mercado público!


Descobrimos que ainda faltava uns 10, depois 15, depois 25 (cada vez que perguntávamos, aumentava 5) km para chegarmos ao nosso destino: Praia da Enseada, onde o Deivson, amigo do Dé, nos hospedaria!
Seguimos para lá, passando pela estrada do porto (sem ciclovia e com muitos caminhões velozes...e furiosos)! Foi uma tarde de pedal desgastante, mas recompensada pelo delicioso banho de mar e uma bela recepção de nosso amigo Deivson, com direito a isca de peixe, polenta e Originais gelada, viradas consecutivamente!



Voltamos caminhando para a casa, sem saber ainda, do que nos aguardava no dia seguinte!
No dia em que achamos que pedalaríamos menos, acabamos fazendo a nossa maior quilometragem!

SALDO DO DIA:
69,8 km pedalados
1 pneu furado ( André, claro!)
mais de 5 e menos de 40 viradas!
1 banho de mar
Mais causos pra disseminar!